

SINOPSE: O filme
apresenta os Pink Floyd atuando num velho anfiteatro em ruínas em Pompeia,
Itália, assim como gravações em estúdio e entrevistas à banda, quando da
gravação do álbum The dark side of the moon. O 'concerto' foi gravado em 4 e 7
de Outubro de 1971 e apresenta a particularidade de não haver audiência.
AUTORA DO TEXTO:
Thais R. de Freitas
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Quando música, filme e história se
unem em perfeitas conexões de simetrias, tais elementos atingem um patamar
quase ritualístico de elevação espiritual, devido ao perfeito encaixe! E é
disso que venho falar a você, amante de cinema, sobre um certo filme da
aclamada banda Pink Floyd - banda
que nem é das minhas favoritas no rock, mas que a importância, trabalho e
presença são indiscutíveis, não há como negar. Além disso, temos que
reconhecer que suas maravilhosas investidas assertivas, no cinema, não deixam
qualquer dúvida de resultado com qualidade, nos moldes do incrível!
Filmado em 1972, a película foi realizada
nas ruínas do antigo anfiteatro da sociedade acometida pela tragédia do vulcão Vesúvio,
fato no qual ocorreu a devastação da cidade de Pompéia, no ano de
79 D.C. Localizado a 22 km da cidade italiana de Nápoles, o
cenário, para este curioso filme do Pink Floyd, foi sepultado pelas cinzas do
vulcão por mais de 1600 anos. O Lugar, datado dos tempos do antigo Império
Romano, foi reencontrado, em 1748, por acaso. E, a partir daí, passou a ser um
local importante da história da humanidade. Declarada Patrimônio Mundial da Unesco,
em 1997, é um dos pontos de maior visitação da Itália. O lugar é um mágico
cenário para apresentação de gala da banda.
Com sua formação já sem Sydd
Barrett - um dos fundadores -
e com a entrada de David Gilmour - atuante
no vocal e guitarra -, vislumbramos também os músicos Nick Manson – bateria -, Richard Wright - teclado e voz - e Roger Waters - principal letrista da banda e responsável
pelos mais expressivos posicionamentos do grupo. Ícone da vertente Rock
Progressivo, assistimos a apresentações de músicas da banda,
passagens de divagações dos membros integrantes, imagens de estúdio, num
período de transição, em que se distanciava do período mais viajante e
psicodélico para um perfil pré-The Dark Side of The Moon.
Concepção do diretor Adrien
Maben, o filme é fruto de uma parceira entre a TV Belga e a Francesa,
filmado em outubro de 1971. Exibido em setembro de 1972, em 1974 foi relançado
com cenas adicionais e uma versão do diretor por DVD foi colocada no mercado em
2003. São intercaladas cenas que mostram perspectivas do vulcão, suas lavas,
pinturas e esculturas presentes nas ruínas históricas, transições com cenas dos
músicos e outros elementos curiosos de composição do enredo. Quase 45 anos
depois de seu lançamento, David Gilmour voltou a Pompéia para
fazer novamente a experiência do show, só que, na apresentação mais recente, ocorreu
a presença do público. Sorte de quem pode apreciar essa raridade!

Quanto à minha experiência a respeito
deste título, digo que conheci o filme numa exibição comemorativa num dos
canais da TV a cabo, entre os anos 90 e 2000. O efeito e o impacto de uma banda
transcendental tocando em local mítico e para o nada, apenas com mais a
presença dos técnicos responsáveis pela filmagem e produção, causa
efervescência na alma. O tamanho êxtase
das cenas denota como é impossível sair inerte da experiência que é assistir
esta obra de arte em forma de película. A influência é tamanha ao ponto de ter
cativado em mim uma vontade de visitar as ruínas de Pompéia, só para conhecer o
mítico anfiteatro onde a banda tocou. Nesse momento, o Pink Floyd já demonstrava
os espectros da grandiosidade que estava por vir em termos de trabalho e
amadurecimento musical. Um celeiro criativo vívido e arrebatador. A tal ponto,
de fazer uma não super fã amar!
Sua estética cinematográfica, em
conjunção com a linguagem musical, apresenta perspectivas de inovação em forma
de expressão artística tanto para música como cinema. Portanto, temos
importante obra a ser apreciada, com avaliação 8.7 pelo Imdb!
É bonito, lúdico, experimental e
surreal! Uma viagem contemplativa reflexiva para além dos sentidos! É também o
único filme capaz de mostrar toda a banda trabalhando junto em estúdio. Se
optar pela versão do DVD de 2003, ainda pode assistir entrevistas e bastidores
curiosos da gravação. Uma indicação de filme para Floyds maníacos ou não!
Tracklist:
Filme para as TVs belga e francesa (1972):
"Intro Song"
"Echoes, Part 1" (do Meddle, 1971)
"Careful with That Axe, Eugene" (Lado
B do single "Point Me at the Sky", 1968)
"A Saucerful of Secrets" (do A
Saucerful of Secrets, 1968)
"One of These Days" (do Meddle, 1971)
"Set the Controls for the Heart of the
Sun" (do A Saucerful of Secrets, 1968)
"Mademoiselle Nobs" (do Meddle, 1971)
"Echoes, Part 2" (do Meddle, 1971)
Filme no Cinema e VHS (1974):
"Intro Song"
"Echoes, Part I" (do Meddle, 1971)
"On the Run" (Arquivo de Estúdio) (do
The Dark Side of the Moon, 1973)
"Careful with That Axe, Eugene" (Lado
B do single "Point Me at the Sky", 1968)
"A Saucerful of Secrets" (do A
Saucerful of Secrets, 1968)
"Us and Them" (Arquivo de Estúdio) (do
The Dark Side of the Moon, 1973)
"One of These Days" (do Meddle, 1971)
"Set the Controls for the Heart of the
Sun" (do A Saucerful of Secrets, 1968)
"Brain Damage" (Arquivo de Estúdio)
(do The Dark Side of the Moon, 1973)
"Mademoiselle Nobs" (do Meddle, 1971)
"Echoes, Part II" (do Meddle, 1971)
DVD - Versão do Diretor (2003)
"Echoes, Part 1"/"On the Run" (Arquivo de Estúdio) (Não
creditada) (doMeddle/The Dark Side of the Moon, 1971/1973)
"Careful with That Axe, Eugene" (Lado
B do single "Point Me at the Sky", 1968)
"A Saucerful of Secrets" (do A
Saucerful of Secrets, 1968)
"Us and Them" (Arquivo de Estúdio) (do
The Dark Side of the Moon, 1973)
"One of These Days" (do Meddle, 1971)
"Mademoiselle Nobs" (do Meddle, 1971)
"Brain Damage" (Arquivo de Estúdio)
(do The Dark Side of the Moon, 1973)
"Set the Controls for the Heart of the
Sun" (do A Saucerful of Secrets, 1968)
"Echoes, Part 2" (do Meddle, 1971)
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