LANÇAMENTO: 24 de Junho de 1964
DIRETOR: Roger Corman
ROTEIRO: Charles Beaumont e Roberto Wright Campbell
ELENCO: Vincent Price; Jane Asher; Hazel Court; Verina Greenlaw…
Sinopse: O príncipe Próspero, adorador de Satanás, convida a nobreza local ao seu castelo para proteção contra uma praga que se aproxima, a Morte Vermelha. Ele ordena que seus convidados participem de um baile de máscaras e, em meio a uma atmosfera de devassidão e depravação, percebe a entrada de um estranho encapuzado vestido todo de vermelho. Acreditando que a figura era seu mestre, Satanás, Próspero fica horrorizado com a revelação de sua verdadeira identidade.
AUTORA do TEXTO: Rosa Rumorosa
Baseado em um dos melhores contos de Edgar Allan Poe, inicialmente, contextualizando os elementos da sinopse, o filme conta a história de um Rei Tirano na Itália Medieval, chamado Próspero (Vincent Price), que, como todo tirano, cobra impostos altíssimos e castiga com crueldade quem ousa lhe desobedecer.
Dito isso, ao saber sobre uma peste (sim, a “Morte Vermelha” é uma peste, causando dores agudas e sangramento pelos poros), em uma de suas vilas, Próspero resolve recolher-se em seu Castelo com alguns hóspedes especiais, promovendo festas, bailes e as cobiçadas orgias, inclusive com a presença de anões, dançarinas e espetáculos de crueldade e humilhação de seus convidados. Porém, durante a quarentena, escondia de todos uma peculiaridade: Sua devoção à Satã. Nesse sentido, Próspero e sua amada Giovana são capazes de tudo para atender “O Mestre”.
Do ponto de vista técnico, o trabalho de cores e o que elas retratam é bem usado no decorrer do filme. Além disso, o cenário simples, as roupas muito bem representadas e o uso de efeitos especiais hoje quase que infantis fazem toda a diferença nas cenas. Nessa perspectiva, mostrando suas bases na construção do mise-en-scène, faz forte referência ao “Sétimo Selo” de Ingmar Bergman - misterioso homem de capa e capuz vermelho aparece sentado no pé de uma árvore, jogando cartas.
Portanto, fazendo deste filme seu sétimo baseado em Allan Poe, o diretor Roger Corman traz à baila temas como a religião, a morte, o medo, a alma, a solidão, a futilidade e a reclusão dos abastados frente ao desespero dos que estão morrendo com a peste. Assim, por tudo isso e muito mais, vale muito a pena ver este filme.
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