O CHAMADO DA FLORESTA

By | junho 11, 2020 Leave a Comment


LANÇAMENTO: 20 de fevereiro de 2020
DIREÇÃO: Chris Sanders
ROTEIRO: Michael Green
ELENCO PRINCIPAL: Harrison Ford, Omar Sy, Dan Stevens…



SINOPSE: Depois de anos vivendo como um cachorro de estimação na casa de uma família na Califórnia, Buck precisa entrar em contato com os seus instintos mais selvagens para conseguir sobreviver em um ambiente hostil como o Alaska. Com o tempo, seu lado feroz se desenvolve e ele se torna o grande líder de sua matilha.

AUTORA do TEXTO: Nana Pelissari

Inspirado no romance, de 1903, do escritor norte americano Jack London, o filme estrelado por Harrison Ford não é a primeira adaptação do livro para o cinema. Assim como Caninos Brancos - outro clássico conhecido do autor e um dos mais lembrados “filmes de cachorro” da década de 1990 -, a obra também gira em torno da vida de um cão e já marcou presença na telona algumas vezes. Porém, diferentemente da sua versão de 1935, com Clark Gable, e da sua versão de 1972, com Charlton Heston, a aventura contada em 2020 não é protagonizada por um cão real, e sim pelo resultado de um trabalho em CGI (imagens geradas por computador).

A história, desta vez, nas mãos do diretor Chris Sanders, reconhecido por seus trabalhos em filmes de animação dos estúdios Disney e Dreamworks, narra a saga de Buck, um cachorro da Califórnia que vai parar no Alasca. Grande e bagunceiro, o animal de estimação da família do Juiz Miller é retirado de sua casa grande e confortável no sul dos Estados Unidos, quando colocado de castigo por seu dono. A partir de então, Buck acaba por atravessar o país numa jornada de dificuldades, aprendizado e superação, que o levará até John Thorton, um homem amargurado interpretado por Ford. Vivendo no estado mais extenso, menos povoado, de clima mais extremo e natureza mais hostil, é neste espaço que o protagonista deve encontrar o seu lugar.





O ponto alto do filme são os efeitos visuais. Apesar de causar uma grande estranheza, a forma dos animais feitos em CGI carrega um tanto de antropomorfismo nas expressões, principalmente o cão Buck, que participa mais ativamente das cenas. Além disso, a estética resultante do trabalho cuidadoso do CGI surpreende em algumas tomadas em particular. Os personagens se fundem ao cenário natural de forma realística e harmoniosa, onde o visual do espaço é bem aproveitado, resultando em belas sequências.

Não se pode dizer o mesmo do aproveitamento dos personagens, alguns com uma participação pouco desenvolvida poderiam ter contribuído para uma construção mais aprofundada da história. O drama que a trama apresenta se torna incipiente e soa raso, pois ao tentar entregar um produto voltado a um público mais amplo, de idade e perfis mais variados, o filme faz muitas concessões e se perde no desenvolvimento dos seus acontecimentos, dando espaço para um melodrama com soluções estereotipadas.




Mesmo longe de ser uma adaptação que destoa da obra original, parece não contemplar todo seu potencial, mas ainda assim é uma boa opção de entretenimento. Assim, acredito que vale a visita para quem busca diversão em família.

REFERÊNCIAS



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