

LANÇAMENTO: 9 de janeiro de 2020
DIREÇÃO: William Eubank
ROTEIRO: Adam Cozad e Brian Duffield
ELENCO: Kristen Stewart; T. J, Miller; Vincent Cassel; Jessica Henwick...
SINOPSE: Um grupo de pesquisadores se encontra num laboratório subaquático a onze mil metros de profundidade, quando um terremoto causa a destruição do veículo e expõe a equipe ao risco de morte. Eles são obrigados a caminhar nas profundezas marítimas, com quantidade insuficiente de oxigênio, para tentarem sobreviver. No entanto, conforme se deslocam pelo fundo do mar, descobrem que não estão sozinhos.
AUTORA do TEXTO: Nana Pelissari
Com uma premissa empolgante e promissora para quem gosta do gênero, o filme começa num ritmo frenético, se comprometendo a instigar o espectador com sequências de tensão, numa ambientação claustrofóbica e propícia à criação da atmosfera de ação, suspense e terror sugerida. Passados os momentos iniciais da trama, o desenrolar perde parte significativa da força, não cumprindo a promessa de entregar um resultado a altura do seu potencial.

Na história contada, as instalações de um laboratório submarino sofrem um terremoto devastador, que coloca sua tripulação em risco. A equipe de pesquisadores, presos na edificação subaquática que está sendo inundada em alta velocidade, se vê obrigada a sair pelas profundezas oceânicas, com quantidade insuficiente de oxigênio, para tentar sobreviver. Jogando com a chance de alcançar uma distante plataforma de petróleo abandonada, o grupo parte e, à medida que se expõe, descobre que eles não estão sozinhos, e sim, expostos a ameaças maiores do que as esperadas.

Toda a ação se passa em baixo d’água e as escolhas da direção para transmitir as sensações do ambiente parecem, de início, acertadas: O jogo de iluminação que escurece as cenas, junto do posicionamento de câmera, em primeira pessoa, que estrutura a filmagem, compõe os elementos necessários para sentir a opressão da natureza que os cerca, se impõe e determina os acontecimentos. A cinematografia é competente, porém o excesso de uso da computação gráfica peca por quebrar o clima em alguns momentos.
A atuação da protagonista e personagens principais é pautada pela fragilidade do roteiro e do papel dado aos atores que, não tendo outra opção, entregam um trabalho mediano. Construído a partir de um emaranhado de referências, que acaba fazendo dele uma reprodução de clichês em meio a um desenvolvimento raso, é impossível não assistir ao filme sem identificar a forte presença de ‘Alien’, entre outras obras que também são possíveis lembrar, como “O Segredo do Abismo” e até “Gravidade”. Os mais íntimos dos vídeo-games também podem associar o clima e o ritmo da obra aos dos jogos com temática similar.
(ALERTA DE SPOILER)
Um detalhe interessante é a inspiração, para a ameaça que surpreende no ponto alto da história, na entidade Cthulhu - monstro hibrido e de proporções gigantescas cuja aparência lembra um enorme polvo -, criada pelo conhecido escritor de terror norte americano H. P. Lovecraft.
Não esperando muito e não criando muitas expectativas, o filme pode ser uma opção interessante de entretenimento.

REFERÊNCIAS

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