
SINOPSE: Um casal
se muda pra viver com uma escritora (Elisabeth Moss) e seu marido professor
(Michael Stuhlbarg) e acabam envolvidos numa trama que serve de inspiração pro
novo livro de suspense da autora.
AUTOR do TEXTO:
Ed Kalume
Uma
escritora, dentro de um relacionamento abusivo, hospeda um jovem casal e se
utiliza dele como inspiração para sua nova obra. Com esse argumento, Josephine
Decker realiza um trabalho em que temas como feminismo, relacionamento
abusivo e inspiração são explorados.
Um
marido não tão célebre que, não conseguindo viver na sombra de sua esposa, suga
dela toda luz que pode. Uma esposa brilhante que, vivendo uma vida
insatisfeita, projeta este descontentamento para todos que estão ao redor e
vive pela casa descabelada, se refugiando na arte.

O
filme é conduzido por um caminho curioso, por se tratar de uma obra de ficção
sobre uma escritora real, Shirley Jackson. Apresenta um
clima de desequilíbrio, sarcasmo, ódio, loucura e explora o relacionamento da
escritora com seu marido, além do casal de hóspedes. O resultado é um filme
paranoico, onde o delírio é regra, não exceção.
“Shirley”
tem um bom potencial - poderia ser um
êxito -, mas não floresce como deveria. A direção começa seguindo uma
sensível linha entre ficção e realidade, porém acaba se perdendo ao enfatizar o
relacionamento do casal. Possui um ritmo irregular, alguns personagens deveriam
ser mais explorados, restando ao espectador um sentimento de vazio.

Elisabeth
Moss está soberba, rouba todas as cenas, mas
acaba por tirar o brilho dos outros personagens, já que eles deveriam ser
complexos, porém não estão bem desenvolvidos.
O
filme não é um desperdício de tempo, deve agradar os fãs de Moss, mas está
longe de ser inesquecível.


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