FIVE CAME BACK

By | agosto 31, 2020 Leave a Comment
LANÇAMENTO: 31 de março de 2017
DIREÇÃO: Laurent Bouzereau
ELENCO: Francis Ford Coppola; Guillermo del Toro; Maryl Streep; Lawrence Kasdan; Steven Spielberg; Paul Greengrass

SINOPSE: Minissérie documental que relata como cineastas como Frank Capra, John Huston, William Wyler e outros que fizeram suas carreiras na Segunda Guerra Mundial mudaram os rumos da Sétima Arte e a forma de se enxergar a guerra no cinema.

AUTOR DO TEXTO: Victor Oliveira

Realizando uma breve sinopse do documentário, este retrata o envolvimento, VOLUNTÁRIO, de 5 diretores renomados da indústria Hollywoodiana (FRANK CAPRA, JONH FORD, JONH HOUSTON, GEORGE STEVENS e WILLIAN WYLER), para disseminação, nos EUA, de propaganda de adesão popular ao envolvimento americano na guerra e para contextualização do ambiente beligerante que existia na Europa.

Nesse sentido, inicialmente, o documentário trata de nos ambientar sobre a importância de cada diretor para o momento pré-guerra em Hollywood, ou seja, prioriza demonstrar os prêmios recebidos, o reconhecimento do público e da crítica e a descrição da personalidade de cada um deles - mostrando defeitos e qualidades de suas personalidades humanas.


Após uma boa descrição dos personagens centrais, o documentário volta-se para as estratégias de propaganda para estimular o americano a aderir à guerra, visto que, por estarem totalmente afastados da dilaceração do ambiente de guerra, os americanos não se envolviam com os contextos da guerra, inclusive porque só recebiam notícias através de jornais. Nesse contexto de não envolvimento, após perceberem a expansão territorial e armamentista vasta dos países do EIXO (Alemanha, Itália e Japão), os EUA decidiram declarar guerra à Alemanha, mas precisavam do envolvimento do povo americano na decisão tomada. Em razão disso, tal necessidade de gerar propaganda pró-guerra surge.

É aí que entra o desenvolvimento extenso do documentário: DEMONSTRAR O ENVOLVIMENTO PATRIÓTICO-HUMANITÁRIO dos CINEASTAS. A priori, em razão do estilo de vida glamourizado de Hollywood, imagina-se que a adesão pelos cineastas tenha sido por convocação militar. Porém, logo quando adentra ao tema central do documentário, percebe-se que os cineastas decidiram se envolver, foram atrás, queriam participar de alguma maneira, em especial FRANK CAPRA, pois tinha ascendência Italiana - país rival na guerra.


Assistindo ao documentário, apesar das idiossincrasias da personalidade de cada um deles, em especial JONH FORD, com sua visão de mundo ultraconservadora, não tem como não respeitar e aplaudir o que foi feito pelos cineastas. Quando se vê o tipo de envolvimento que tiveram e os riscos que correram para fazer aquilo chegar aos olhos da população, não tem como não respeitá-los e admirá-los pelo feito.

Se você não viu o documentário, pode pensar que o envolvimento foi ficcional e distante - gerando conteúdo através de um estúdio. Na verdade, eles foram ao campo de batalha, foram vislumbrar, com os próprios olhos e suas câmeras, a carnificina e as atrocidades geradas em um ambiente de combate. Sinceramente, o que JONH FORD (filmou o dia D), WILLIAN WYLER (filmou um ataque aéreo da Memphis Belle e do Thunderbolt) e GEORGE STEVENS (filmou o dia D e campos de concentração) fizeram foi espetacular, sem diminuir nem um pouco os atos de FRANK CAPRA e JONH HOUSTON.

Ao demonstrar todo o envolvimento dos cineastas, o documentário entra na importância de seu título - FIVE CAME BACK (Cinco Voltaram). Em sua fase final, o filme mostra o retorno dos cineastas e os efeitos que a guerra produziu sobre eles. Então fica a pergunta: Será que voltaram mesmo? Essa é pergunta que eu espero que cada um que assistir possa se fazer. Nessa perspectiva, filmar a guerra não traz glamourização, não traz aplausos, não traz benefícios, não traz mensagem roteirizada. Traz medo, angústia, agonia, revolta e destruição psicológica. Decidiram ir, decidiram ser úteis à causa, decidiram fortalecer a união entre os Aliados em busca da vitória contra o totalitarismo Nazi-fascista.

Além de tudo isso, o documentário ainda consegue demonstrar a importância da propaganda para gerar o sentimento que se deseja no ambiente. O filme traz cenas de filmes de propaganda Nazi-Fascista - como o TRIUNFO DA VONTADE -, que foram usadas, à época, com a intenção de disseminar a imponência e o poder que possuíam, claramente para intimidar países que desejassem enfrentá-los.

Ademais, como se não bastasse o conteúdo excepcional que traz, ainda tem como pano de fundo os comentários constantes de STEVEN SPIELBERG, PAUL GREENGRASS, F.F. COPPOLA, GUILLERMO DEL TORO e LAWRENCE KASDAN, além da narração de MERYL STREEP.

Portanto, a minissérie tem seu desenvolvimento gradativo e envolvente, não deixando em nenhum momento afastar o espectador dos cineastas que estavam envolvidos nos acontecimentos. Além disso, traz momentos emocionantes e que vão encher de lágrimas os olhos daqueles que têm o mínimo de empatia humana.

TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=eMXlX9n2czs

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