

LANÇAMENTO:
31 de março de 2017
DIREÇÃO:
Laurent Bouzereau
ELENCO:
Francis Ford Coppola; Guillermo del Toro; Maryl Streep; Lawrence Kasdan; Steven
Spielberg; Paul Greengrass
SINOPSE: Minissérie
documental que relata como cineastas como Frank Capra, John Huston, William
Wyler e outros que fizeram suas carreiras na Segunda Guerra Mundial mudaram os
rumos da Sétima Arte e a forma de se enxergar a guerra no cinema.
AUTOR DO
TEXTO: Victor
Oliveira
LETTERBOXD: https://letterboxd.com/Victorio_32/
Realizando uma breve sinopse do
documentário, este retrata o envolvimento, VOLUNTÁRIO, de 5 diretores
renomados da indústria Hollywoodiana (FRANK CAPRA, JONH FORD, JONH HOUSTON,
GEORGE STEVENS e WILLIAN WYLER), para disseminação, nos EUA, de
propaganda de adesão popular ao envolvimento americano na guerra e para
contextualização do ambiente beligerante que existia na Europa.
Nesse sentido, inicialmente, o
documentário trata de nos ambientar sobre a importância de cada diretor para o
momento pré-guerra em Hollywood, ou seja, prioriza demonstrar os prêmios
recebidos, o reconhecimento do público e da crítica e a descrição da
personalidade de cada um deles - mostrando
defeitos e qualidades de suas personalidades humanas.

Após uma boa descrição dos personagens
centrais, o documentário volta-se para as estratégias de propaganda para
estimular o americano a aderir à guerra, visto que, por estarem totalmente
afastados da dilaceração do ambiente de guerra, os americanos não se envolviam
com os contextos da guerra, inclusive porque só recebiam notícias através de
jornais. Nesse contexto de não envolvimento, após perceberem a expansão
territorial e armamentista vasta dos países do EIXO (Alemanha, Itália e Japão), os EUA
decidiram declarar guerra à Alemanha, mas precisavam do envolvimento do povo
americano na decisão tomada. Em razão disso, tal necessidade de gerar
propaganda pró-guerra surge.
É aí que entra o desenvolvimento
extenso do documentário: DEMONSTRAR O ENVOLVIMENTO
PATRIÓTICO-HUMANITÁRIO dos CINEASTAS. A priori, em razão do estilo de vida glamourizado de Hollywood,
imagina-se que a adesão pelos cineastas tenha sido por convocação militar.
Porém, logo quando adentra ao tema central do documentário, percebe-se que os
cineastas decidiram se envolver, foram atrás, queriam participar de alguma
maneira, em especial FRANK CAPRA, pois tinha ascendência
Italiana - país rival na guerra.

Assistindo ao documentário, apesar das
idiossincrasias da personalidade de cada um deles, em especial JONH
FORD, com sua visão de mundo ultraconservadora, não tem como não
respeitar e aplaudir o que foi feito pelos cineastas. Quando se vê o tipo de
envolvimento que tiveram e os riscos que correram para fazer aquilo chegar aos
olhos da população, não tem como não respeitá-los e admirá-los pelo feito.
Se você não viu o documentário, pode
pensar que o envolvimento foi ficcional e distante - gerando conteúdo através de um estúdio. Na verdade, eles foram ao
campo de batalha, foram vislumbrar, com os próprios olhos e suas câmeras, a
carnificina e as atrocidades geradas em um ambiente de combate. Sinceramente, o
que JONH
FORD (filmou o dia D), WILLIAN
WYLER (filmou um ataque aéreo da
Memphis Belle e do Thunderbolt) e GEORGE STEVENS (filmou o dia D e campos de concentração) fizeram foi espetacular,
sem diminuir nem um pouco os atos de FRANK CAPRA e JONH HOUSTON.
Ao demonstrar todo o envolvimento dos
cineastas, o documentário entra na importância de seu título - FIVE
CAME BACK (Cinco Voltaram).
Em sua fase final, o filme mostra o retorno dos cineastas e os efeitos que a
guerra produziu sobre eles. Então fica a pergunta: Será que voltaram mesmo?
Essa é pergunta que eu espero que cada um que assistir possa se fazer. Nessa
perspectiva, filmar a guerra não traz glamourização, não traz aplausos, não
traz benefícios, não traz mensagem roteirizada. Traz medo, angústia, agonia,
revolta e destruição psicológica. Decidiram ir, decidiram ser úteis à causa,
decidiram fortalecer a união entre os Aliados em busca da vitória contra o
totalitarismo Nazi-fascista.
Além de tudo isso, o documentário
ainda consegue demonstrar a importância da propaganda para gerar o sentimento
que se deseja no ambiente. O filme traz cenas de filmes de propaganda Nazi-Fascista
- como o TRIUNFO DA VONTADE -, que foram usadas, à época, com a
intenção de disseminar a imponência e o poder que possuíam, claramente para
intimidar países que desejassem enfrentá-los.
Ademais, como se não bastasse o
conteúdo excepcional que traz, ainda tem como pano de fundo os comentários
constantes de STEVEN SPIELBERG, PAUL GREENGRASS, F.F.
COPPOLA, GUILLERMO DEL TORO e LAWRENCE KASDAN, além da narração de
MERYL
STREEP.
Portanto, a minissérie tem seu desenvolvimento
gradativo e envolvente, não deixando em nenhum momento afastar o espectador dos
cineastas que estavam envolvidos nos acontecimentos. Além disso, traz momentos emocionantes e que vão encher de lágrimas os olhos daqueles que têm o
mínimo de empatia humana.
TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=eMXlX9n2czs
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